Minas Gerais debate estratégias para cadeia produtiva de terras raras

Para consolidar uma estratégia de longo prazo para buscar a liderança mineira na cadeia produtiva das terras raras, o governo de Minas Gerais realizou uma reunião para discutir o futuro desses elementos no estado.
O estado busca conciliar atração de investimentos, sustentabilidade ambiental e geração de empregos qualificados, uma vez que Minas Gerais abriga uma das maiores jazidas de terras raras do mundo, localizada na região de Poços de Caldas, Caldas e Andradas, com potencial para atender até 20% da demanda global.
As empresas Meteoric e Viridis já investiram expressivamente no estado, trazendo tecnologia inédita no Hemisfério Sul, como a reciclagem e o refino de ímãs de alto desempenho. A Meteoric, com o Projeto Caldeira, já aplicou US$ 80 milhões e mantém acordos estratégicos internacionais, enquanto a Viridis, responsável pelo Projeto Colossus, destinou R$ 120 milhões para infraestrutura de beneficiamento e separação química.
“Possuímos uma riqueza absolutamente estratégica e que vem atraindo investidores de todo o mundo. Esses recursos são riquezas de Minas, então queremos agregar valor e assegurar que isso se converta em geração de oportunidades para o povo mineiro”, destacou a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa.
A reunião reforça ainda o posicionamento do governo estadual diante do atual cenário geopolítico, marcado por disputas comerciais e pela crescente demanda global por minerais estratégicos – especialmente após recentes movimentos dos Estados Unidos para reduzir sua dependência da China.
“Esta reunião é fundamental para alinharmos ações que consolidem Minas Gerais como referência mundial em terras raras. Nosso papel é garantir que esse potencial se transforme em desenvolvimento sustentável e oportunidades para os mineiros, reconhecidamente um povo de mão de obra qualificada”, ressaltou o diretor presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.
A cadeia de terras raras é estratégica para setores como energia renovável, mobilidade elétrica, defesa e saúde. Ao incentivar a instalação de plantas de beneficiamento e refino no próprio território mineiro, o estado amplia a arrecadação, reduz impactos ambientais e garante maior valor agregado aos produtos. Além disso, iniciativas como o desenvolvimento de super ímãs com centros de pesquisa locais colocam Minas na vanguarda tecnológica, fortalecendo sua competitividade internacional.
Além do governador, o encontro reunirá as secretárias de Estado Mila Corrêa da Costa (Desenvolvimento Econômico) e Marília Carvalho (Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga, o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, representantes das empresas Meteoric Resources e Viridis Mining & Mineral, que já realizaram grandes investimentos no estado, além dos prefeitos de Poços de Caldas e Caldas, municípios mineiros detentores das maiores reservas dos minerais.
O post Minas Gerais debate estratégias para cadeia produtiva de terras raras apareceu primeiro em Revista Mineração.