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Vale define aplicação de metade dos R$ 70 bilhões previstos para Novo Carajás

Como parte do plano de expansão de minas e da produção de minério de ferro para 200 milhões de toneladas ao ano no complexo do Pará, a Vale estabeleceu a destinação de metade dos R$ 70 bilhões de investimentos previstos no Programa Novo Carajás até 2030.

A mineradora anunciou ainda que tem buscado novos corpos minerários para desenvolver a produção, especialmente estruturas existentes no Sistema Norte.

No último ano, a Vale produziu 177,5 milhões de toneladas de minério de ferro no Sistema Norte (formado pelas serras Sul, Norte e Leste), além de 265,2 mil toneladas de cobre.

Segundo o diretor do corredor Norte da Vale, Gildiney Sales, o principal deles é na Serra Sul, onde os investimentos são de quase US$ 3 bilhões.

Sales explicou ainda que os outros 50% dos aportes estão aguardando os projetos e estudos dos melhores locais, para iniciar o processo de licença posteriormente.

O projeto em Serra Sul, com 73% de avanço físico, consiste na abertura de novas áreas de lavra, duplicação do transportador de correia de longa distância (TCLD) e implantação de novas linhas de beneficiamento. Também está prevista a ampliação das áreas de estocagem e dos equipamentos de mina.

“Estamos estudando quais serão os próximos (projetos), temos cinco anos para definir e iniciar a implantação e estamos estudando onde é mais fácil, mais rápido, com menor energia, já aproveitando alguma instalação existente”, pontuou.

Ele citou que um dos projetos recém-definidos é o de cobre de Bacaba, para aumentar a produção da área de Sossego, citou ele. A licença prévia para o empreendimento foi obtida em junho e serão investidos aproximadamente US$ 290 milhões durante a fase de implantação.

Outro aporte em andamento são os US$ 750 milhões em Serra Norte, incluindo a Usina 1, onde a companhia pretende eliminar totalmente o uso de água no beneficiamento de minério de ferro até 2027.

De acordo com Sales, mesmo em uma área que já se explora, se houver plano de ampliar a produção, é preciso de licenças ambientais.

A operação da Vale em Carajás ocupa um perímetro que representa apenas 3% de um mosaico de unidades de conservação de florestas da região que somam 800 mil hectares, onde a mata é fechada, com árvores amazônicas de grande porte. Um dos principais ativos é a Floresta Nacional de Carajás.

De acordo com ele, “quando está na área antropizada, um pasto, o processo é mais fácil, mas se estou no meio da floresta tem todo este rito (de licenciamento)”.

Com informações da Reuters.

 

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